quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Espaços de aprendizagem: ambientes virtuais

UNIUBE
SEMINÁRIO TEMÁTICO


Espaços de Aprendizagem : ambientes virtuais

Fabiana Pizara Gomes Cruz[1]

Um grande desafio é gerado quando tentamos conceitualizar a aprendizagem, pode-se dizer que este desafio acontece pela flexibilidade e complexidade de pensamentos que nos permite teorizar, raciocinar, sentir e imaginar o processo de aprender.
No sentido da tradução literária da língua portuguesa podemos dizer que aprender é adquirir conhecimento de; ficar sabendo; guardar na memória; adquirir experiência; tirar proveito; instruir-se, e conseqüentemente aprendizagem é o tempo durante o qual se aprende
Para facilitar o esclarecimento ou para melhor compreender o que é aprender, citarei alguns autores que buscam conceituar a aprendizagem.
De acordo com a visão do Behaviorismo, o conceito de aprendizagem é uma mudança relativamente permanente no comportamento, que resulta da prática.
Desta forma a aprendizagem está onipresente em nossas vidas, envolvida não apenas no domínio de nova habilidade ou tema acadêmico, mas também no desenvolvimento emocional, interação social e, até mesmo no desenvolvimento da personalidade. Nós aprendemos o que temer, o que amar, como ser educados, como ser íntimos.
O termo aprendizagem foi inaugurado pelo americano John B. Watson, num artigo em 1913, na qual argumentava que toda aprendizagem dependia do meio externo, que toda atividade humana é condicionada e condicionável.
Para David Ausubel (1968, 37-38), psicólogo da aprendizagem, o principal no processo de ensino é que a aprendizagem seja significativa. Isto é, o material a ser aprendido precisa fazer algum sentido para o individuo. Isto acontece quando a nova informação “ancora-se” nos conceitos relevantes já existentes na estrutura cognitiva do aprendiz.
“O aprendizado significativo acontece quando uma informação nova é adquirida mediante um esforço deliberado por parte do aprendiz em ligar a informação nova com conceitos ou proposições relevantes preexistentes em sua estrutura cognitiva”. (Ausubel et al., 1978, p. 159)"
Neste sentido o autor ressalta a importância da aprendizagem de conteúdo verbal com sentido, aquisição e retenção de conhecimentos de maneira "significativa". O resultado é tão eficaz quanto a aprendizagem por "descoberta", defendida posteriormente por Bruner, mais efetivos por economizarem tempo do aprendiz e serem mais tecnicamente organizados.
De acordo com Freire (1980) a aprendizagem e o saber, tem um papel emancipador, pois a teoria e a prática relacionam-se com o conhecimento e seus interesses. A mensagem de Paulo Freire é uma pedagogia que dignifica o outro. Para o autor só conhecemos aquilo que é significativo para nós. Ter respeito e diálogo é um salto da consciência ingênua para consciência crítica.
“Pode-se dizer que Freire (1980, 34-35) se preocupa com o tipo de homem que o conhecimento constrói, quem é realmente o homem do seu tempo, onde a insatisfação e a auto-realização são aspectos importantes nesse homem. A aprendizagem, portanto, deve preparar o homem para a autonomia intelectual, para a compreensão da realidade, para a facilidade da comunicação, para a oralidade, não prepará-lo para a cultura do silêncio, e, somente desse modo ele poderá afirmar-se como soberano.
“Somente na comunicação tem sentido a vida humana. Que o pensar do educador somente ganha autenticidade na autenticidade do pensar dos educandos, mediatizados ambos pela realidade, portanto, na intercomunicação. Por isto, o pensar daquele não pode ser um pensar para estes nem a estes imposto.” ( Freire,1983, p. 75)

No entanto Bruner (1969, 55-60) preocupa-se em induzir uma participação ativa do aluno no processo de aprendizagem, contemplando a aprendizagem por descoberta centralizando a exploração de alternativas e o currículo em espiral. O conceito de exploração de alternativas pressupõe que o ambiente ou conteúdo de ensino deve proporcionar alternativas para que o aluno possa inferir relações e estabelecer similaridades entre as idéias apresentadas, favorecendo a descoberta de princípios ou relações
O modelo de aprendizagem pela descoberta de Bruner, estabelece que se deve usar uma abordagem voltada para a solução de problemas ao ensinar novos conceitos.
Para mim Vygotsky é o que apresenta maior contribuição no entendimento do complexo processo de aprendizagem humana.O autor propõe o interacionismo, que é baseado em uma visão de desenvolvimento apoiada na concepção de um organismo ativo, onde o pensamento é construído gradativamente em um ambiente histórico e, em essência, social.
A interação social possui um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo e toda função no desenvolvimento cultural de um sujeito aparece primeiro no nível social, entre pessoas, e depois no nível individual, dentro dele próprio.
Segundo Vygotsky (1974, 1984 ) , essa interação social é origem e motor da aprendizagem e do desenvolvimento intelectual. Todas as funções no desenvolvimento do ser humano aparecem primeiro no nível social (interpessoal), depois, no nível individual (intrapessoal). A aprendizagem humana pressupõe uma natureza social específica e um processo através do qual as pessoas penetram na vida intelectual daquelas que as cercam.
Diante de todos os olhares e das diferentes concepções citadas, posso afirmar que poderia falar das concepções de forma amplamente variada e infinitamente, pois acredito que aprendizagem é uma construção, um caminho pelo qual todo ser humano faz parte.
A aprendizagem faz parte da evolução humana, assim para aprendermos precisamos de algo significativo, portanto nesse caso, a aprendizagem se torna significativa para todos, pois o aprender é uma questão de sobrevivência, para soluções de problemas e novas descobertas, assim nos emancipamos e buscamos dignidade e respeito, para nós e para o outro, possibilitando nos inserirmos na sociedade de forma critica e intelectual, interagindo com o mundo.
Como formadora de educadores, mãe, esposa, amiga e ser humano, gostaria de propor uma interação entre todas as teorias aqui presentes, pois acredito que aprender é transformar, memorizar, trocar, registrar, é tirar proveito, adquirir, conhecimento, desafiar, construir, formar, é estar vivo!
Partindo desses pressupostos e concordando com Freire a arte de ensinar procede ao aprender e vice-versa, portanto a valiosa profissão é ser professor!
Nesta perspectiva podemos considerar que os espaços de aprendizagem são os mais variados possíveis, e que diante dessas concepções torna-se espaço de aprendizagem o ambiente que proporcione à interação, a troca, a informação, de algo que nos de significado e que nos toque.
Dentre dos variados espaços de aprendizagem, devido aos avanços tecnológicos, a globalização, não podemos deixar de falarmos dos espaços de aprendizagem virtuais, assim o foco, para este assunto se centraliza nesses espaços.
Howard Rheingold foi o primeiro autor a difundir o conceito de comunidade virtual, em 1993, definindo a comunidade virtual como uma agregação cultural formada pelo encontro sistemático de um grupo de pessoas no ciberespaço.
Consideramos comunidade virtual de aprendizagem as redes eletrônicas de comunicação interativa, constituídas a partir de interesses comuns de conhecimento estabelecidos em um processo cooperativo.
Neste sentido, podemos admitir que as comunidades virtuais de aprendizagem realizem comunicações interativas, de forma cooperativa, na qual todos os sujeitos têm o mesmo direito de participação. O sujeito assume o papel ativo na construção do seu conhecimento de acordo com tema da comunidade e o educador tem o papel de orientador.
As comunidades virtuais de aprendizagem, conforme Passarelli (2003) foram gestadas no espaço midiático da Internet e concebe novas possibilidades para o processo de ensino e aprendizagem, tanto no âmbito da educação formal realizadas em escolas tradicionais, como no da educação não-formal na educação comunitária, educação para a vida.
Segundo Magdalena e Costa (2005), as Comunidades Virtuais de Aprendizagem promovem um novo modo do ser, de saber e de apreender, em que cada novo sistema de comunicação, da informação cria novos desafios, que implicam novas competências e novas formas de construir conhecimento.


È neste sentido que acreditamos que um currículo interdisciplinar e aberto aos espaços virtuais justifica-se a partir de razões históricas, filosóficas, sócio-políticas e ideológicas, acrescidas das razões psicopedagógicas, nas quais as informações, as percepções e os conceitos compõem uma totalidade de significação completa e o mundo já visto na totalidade.

Bibliografia
AUSUBEL, David. Psicologia educativa: um ponto de vista cognitivo, Editorial Trillas,México,1976. BRUNER, J; Uma Nova Teoria de Aprendizagem, Edições Bloch. Rio de Janeiro, 1969.
FREIRE, Paulo. Conscientização - teoria e prática da libertação. 3ª ed. São Paulo: Moraes, 1980.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido (29a ed.). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
MAGDALENA, B. C. e COSTA I. E. T. Novas formas de aprender: comunidades deaprendizagem.IN: Salto para o futuro / TV Escola.Disponível em.Acesso em:26 novembro 2008.
RHEINGOLD, H. A Comunidade Virtual. Lisboa: Gradiva, 1996
VYGOTSKKY, L.S.. Linguagem e Pensamento. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

[1] Mestranda em Educação - Formação de Professores, pela Universidade de Uberaba.

domingo, 23 de novembro de 2008

Diálogos em sala de aula

Consenso coletivo sobre Espaços Plurais.
Alunos e professores Mestrado/Uniube, novembro 2008.


Espaços plurais são muito vantajosos para a construção do conhecimento por dois motivos principais, a saber: primeiramente, a gama de informações para o aprendizado aumenta imensamente, tendo o sujeito desta maneira maiores possibilidades de encontrar informações que resultem em aprendizado significativo.
Outra vantagem muito significativa diz respeito à teoria das inteligências múltiplas de Howard Gardner (1985) visto que cada indivíduo tem uma ou mais destas inteligências desenvolvidas, assim pode-se buscar a melhor maneira de interação entre o sujeito e a sua busca pelo conhecimento. Há possibilidade do encontro das diversas inteligências para um mesmo conteúdo. Utilizá-las é entender e respeitar as subjetividades, uma vez que cada indivíduo apresenta formas e métodos próprios.
Os espaços plurais como ambientes de aprendizagens nos mais variados planos, são capazes de promover saberes diferenciados, desenvolvendo as inteligências múltiplas e principalmente integrando e trocando experiência desse aprendizado além de permitir a convivência harmônica entre diversos sujeitos, diversos temas, diversas metodologias, diversas crenças e diversos saberes. Além de tudo, disponíveis a incorporação das Tics na educação, permitindo a interação social e cultural.
Conclui-se que são similares aos tempos e lugares de transito na procura e construção do conhecimento humano. Espaços são movimentos de imagens do ser se construindo respeitando à diversidade e o ritmo individual de construção do conhecimento, promovendo a tão desejada inclusão e integração da humanidade.
Percebemos como lócus educativo com a vantagem da não fragmentação, onde o homem pode ser compreendido na sua relação consigo e com os outros e com o mundo em que vive. Portanto, a maior vantagem de entender a educação nos espaços plurais é a possibilidade da compreensão do todo, mesmo sabendo-se feito de partes, é compor e contrapor, céu e terra, água e ar. É caminhar com os pés no chão e a cabeça nas nuvens.


Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova Gandhi

Consenso coletivo sobre Interdisciplinaridade.
Alunos e professores Mestrado/Uniube, novembro 2008.

Somos muitos em um todo que não deve ser fragmentado. Através dos multi saberes nós educadores podemos construir uma comunhão entre as disciplinas, possibilitando a interação propiciando a construção de novos conhecimentos. A interdisciplinaridade é a inter-relação dos saberes fragmentados para a formação do todo. Para que ocorra a construção de uma real interdisciplinaridade deve-se partir para a ação de seu conceito real sem os equívocos que muitas vezes observamos com relação ao conceito.
É ação, co relação, construção de pontos, de multi saberes, comunhão de partes que resultam na multidimensionalidade do homem consigo, com os outros, com o mundo, interagindo as partes na formação do todo. A interdisciplinaridade é uma atitude capaz de compreender o outro e respeitar as diferenças. E alcançar multi saberes por meio de uma co relação entre conteúdo e ambientes. É uma ação sobretudo calcada em posturas interdisciplinares uma vez que somos seres multidimensionais merecemos desfrutar de uma inter-relação que possibilite a auto construção. No momento em que comungamos ambientes e diversidades por meio da interação professor aluno construímos conhecimentos aprendemos.
A interdisciplinaridade é uma atitude, ação que quando ocorre em espaços plurais de aprendizagem estimula a construção do conhecimento, correlacionando os saberes. A partir da comunhão e inter-relação dos docentes e da multidimensionalidade do individuo podemos desenvolver um projeto interdisciplinar, afinal somos um constructo de saberes e sentidos, relacionados na ação multidemensional da comunhão.

Palavras que neste contexto fazem sentido:
Inter-relação
Comunhão
Construção
Multidimensionalidade
Ação
Co relação
Multi saberes

Bom d+ estar com vocês, sexta feira sim, sexta feira não.
Beijos

terça-feira, 11 de novembro de 2008

APRENDIZAGEM E SEUS POSSÍVEIS AMBIENTES
Camilla de Oliveira Vieira


Pela internet não só navego, posso enriquecer-me. Em bibliotecas não só leio, posso aprender e descobrir. Em museus e exposições não só vejo, posso também deixar-me sentir. Em cinemas posso não só assistir, como posso emocionar. Em viagens não só me desloco, como também posso modificar-me. Em bares e restaurantes não só como e bebo como posso relacionar-me. Em sala de aula não só freqüento como posso buscar acréscimos. Enfim... Todos os lugares podem se tornar ambientes de aprendizagem. Basta envolver, buscar sentido, transformar-se e possibilitar a experiência.


Não há dúvidas que a aprendizagem seja um fenômeno muito complexo, envolvendo vários aspectos humanos sejam eles, cognitivos, emocionais, físicos, sociais e culturais. Considero aprendizagem como o processo em que o homem atua como sujeito no desenvolvimento de aptidões possibilitado por estratégias subjetivas as quais possibilitam a transformação no campo do conhecimento.
Atuar como sujeito representa a característica básica da aprendizagem a qual deve ser pessoal e, sobretudo estimulada. Não vejo a hipótese em que um professor transmite conhecimentos a um indivíduo. É mais coerente aceitar que a aquisição do conhecimento se dá de forma conquistada, construída e sentida pelo aluno.
A necessidade de haver estratégias para a construção da aprendizagem resulta no fato que os indivíduos apresentam um conjunto próprio de formas que propiciam o processo de aprendizagem pelas quais cada pessoa aprende a seu modo, estilo e ritmo.
Uma vez que o processo de aprendizagem se dá no interior do sujeito, estando, entretanto, intimamente ligado às relações de troca que o mesmo estabelece com o meio, o ambiente onde ele se encontra torna-se peça fundamental para a construção do conhecimento. A teoria de Piaget, explica o conhecimento por meio da interação do sujeito com o meio ambiente físico e social, sendo a aprendizagem entendida como a própria adaptação obtida num processo de equilibração e desequilibração constantes. Na prática, trata-se de uma aprendizagem que o indivíduo busca segundo suas próprias capacidades que, por sua vez, são resultantes das estruturas já construídas. Sendo assim, além da aprendizagem de conteúdos, o indivíduo também aprende a aprender.
Gómes e Alvarado, iniciam o artigo, ‘Disenando ambientes digitales para recrear oportunidades de aprendizagem’ com a seguinte pergunta: “¿Como podemos maximizar las posibilidades de aprendizage que nos ofrecen las tecnologias de la información y la comunicación?” Aproveitando a ocasião, questiono da seguinte forma: Como podemos aumentar as possibilidades de aprendizagem que nos oferecem os diferentes ambientes?
A primeira grande questão a ser levantada é a quebra de um paradigma que considerava a aprendizagem possível apenas dentro das quatro paredes de uma sala de aula. Nevado propõe algo dialogando que “se pensarmos no desenvolvimento da humanidade e mesmo no desenvolvimento do sujeito, vemos, analogamente que os espaços e tempos construídos modificam-se durante a evolução intelectual e evolução das técnicas.” E destaca a necessidade de pensar uma nova forma ‘possível’ de organização educativa que já não reúne seus estudantes e professores em um mesmo prédio, em salas de aulas específicas para cada nível ou série, com horários específicos para a realização das atividades de ensino-aprendizagem.
Não considero que exista ambientes melhores ou piores que outros. O que há, é a possibilidade de estratégias adequadas ou inadequadas com relação a cada objetivo em específico. Para exemplificar imaginemos que o conhecimento construído a respeito de um determinado pintor do século passado é mais conveniente se possibilitado por uma experiência visual e presencial em um determinado museu que a observação de uma figura em preto e branco apresentada em uma sala de aula.
Embora José Armando Valente em ‘Criando ambientes de aprendizagem via rede telemática’ se limita a pesquisar os ambientes de aprendizagem possibilitados pela informática, utilizo suas colocações para abordar os ambientes como um todo. Embora o autor aborde quatro pontos fundamentais que deve estar presente na formação do professor para atuar pela informática tais pontos servem também como base para outros tipos de ambientes. Veja:

Propiciar ao professor condições para entender o computador (leia-se novo ambiente) como uma nova maneira de representar o conhecimento, provocando um redimensionamento dos conceitos já conhecidos e possibilitando a busca e compreensão de novas idéias e valores;
Propiciar ao professor a vivência de uma experiência que contextualiza o conhecimento que ele constrói;
Prover condições para o professor construir conhecimento sobre as técnicas computacionais, (leia-se sobre os diferentes ambientes) entender por que e como integrar o computador (leia-se outros ambientes) em sua prática pedagógica e ser capaz de superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica;
Criar condições para que o professor saiba recontextualizar o que foi aprendido e a experiência vivida durante a formação para a sua realidade de sala de aula, compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetivos pedagógicos que se dispõe a atingir.

Dessa forma, considerando que o homem aprende quando aquilo que lhe é apresentado torna para si uma experiência, o modifica e, sobretudo possibilita o diálogo e a reflexão, as possibilidades de aprendizagem aumentam quando o professor disponibiliza diferentes ambientes que estabelecem relação com a necessidade do aluno, que correspondam aos diversos anseios e tipos de inteligências, já que os indivíduos apresentam um conjunto próprio de formas que propiciam o processo de aprendizagem pelas quais cada pessoa aprende a seu modo, estilo e ritmo.


GÓMEZ, Andrea Anfossi ALVARADO, Virginia Quesada. Diseñando ambientes digitales para recrear oportunidades de aprendizaje – Una experiencia para la formación de educadores.

NEVADO, Rosane Aragón. Estudo do possível piagetiano em ambientes de aprendizagem: é possível inovar em ead utilizando recursos telemáticos? Disponível em
http://pontodeencontro.proinfo.mec.gov.br/possivelrosane.pdf. Acesso

PIAGET, J. O Desenvolvimento do Pensamento. Equilibração das Estruturas Cognitivas. Lisboa: Publicações Dom Quixote.

VALENTE J.A. (1999). Análise dos Diferentes Tipos de Software Usados na Educação. Em J. A. Valente (org.). Computadores na Sociedade do Conhecimento. Campinas: NIED - UNICAMP, p. 89-110.

A melhor forma de pensar a educação é incluirmos como sujeitos dela. Já se foi aquele pensamento que pesquisadores são seres alienígenas a procura de um objeto distante. E já que pensar a educação é colocarmos dispostos como sujeitos, faz parte nos conhecer, nos identificar, nos compreender, nos analisar, antes de buscar entender o outro.
Nessa perspectiva surgiu a proposta para que produzíssemos nossa trajetória em forma de um texto visual. Alguém se habilita a interpretar-me?
Forte abraço a todos

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A aprendizagem na concepção da abordagem centrada na pessoa (ACP).
Eliana Cassimiro de Araújo.

Resumo:

O presente artigo aborda, primeiramente, as condições fundamentais para a formação de um professor que desenvolve a aprendizagem centrada no aluno, seja no nível de ensino básico, fundamental, graduação e pós-graduação.
Palavras – chave: abordagem centrada no aluno, professor, aprendizagem.



Segundo ROGERS (2001), a primeira condição para que o professor atue com uma abordagem centrada no aluno é a liderança:
“O professor deve ser um líder ou uma pessoa considerada como figura de autoridade na sala de aula, tão seguro de si e de seu relacionamento com os outros, que experimenta uma confiança essencial na capacidade de as pessoas pensarem por elas mesmas.” (ROGERS, 2001 p. 83).

As condições que serão descritas abaixo somente serão possíveis se houver esta precondição citada.
A segunda condição, de acordo com ROGERS (2001), é a de o professor ser um facilitador da aprendizagem. O professor irá compartilhar com os alunos, com os pais e com a sociedade a responsabilidade do processo de aprendizagem. Assim, o planejamento curricular, a administração e ações político-pedagógicas são da responsabilidade do grupo envolvido.
O professor proporciona os recursos de aprendizagem do interior de si mesmo e de sua experiência, estimulando os alunos a acrescentarem os recursos que conhecem ou que tem experiência. Ele irá então aumentar a gama de recursos dos alunos. (ROGERS, 2001)
O objetivo educacional na educação centrada no aluno deve ser a facilitação do processo de mudança e aprendizagem. O homem educado é aquele que aprende a mudar, a adaptar-se, que percebe que nenhum conhecimento é seguro e que somente a busca pelo conhecimento oferece realmente alguma fonte de segurança. A didática centrada no aluno enfatiza o professor e o aluno como pessoas e sua relação se faz através de respeito mútuo, cabendo ao professor, basicamente, fornecer aos alunos condições favoráveis para desenvolver seu potencial intelectual e afetivo. Neste processo educativo não apenas o professor, mas também os alunos são responsáveis pelo aprendizado. (MOREIRA, 2007)
Para ROGERS (2001), a função do professor é facilitar a aprendizagem do aluno, o que acarreta um outro estilo de autoridade e outra concepção de disciplina, se comparada à teoria “mug and jug”, visto que a autoridade será então compartilhada entre os alunos e o professor e não exercida apenas pelo último.
A terceira condição, de acordo com ROGERS (2001), está pautada na compreensão empática e na confiança incondicional. Na medida em que o professor confia na capacidade do aluno, o considera um sujeito digno de confiança ele consegue criar em sala de aula um ambiente de aprendizagem auto-dirigida.
A autenticidade é considerada por ROGERS (2001) condição fundamental no desempenho da tarefa educativa do professor, que deve ser honesto, transparente, ser ele mesmo. A compreensão empática diz respeito à capacidade de o professor perceber o mundo interior do aluno, como o próprio o percebe. A consideração positiva incondicional diz respeito ao interesse do professor pelo aluno, aceitando-o como um ser humano singular.
O professor deve estar livre do desejo de controlar os resultados da aprendizagem, respeitando a capacidade que os alunos têm de lidar com seus problemas e que também que o professor deve ter habilidades para liberar as expressões individuais dos alunos.
Os aspectos cognitivos da aprendizagem devem ganhar mais atenção, visto que a cada dia é necessário interpretar grande quantidade de informações sobre questões cada vez mais complexas, algumas das quais com implicações para a sobrevivência. Promovendo o desenvolvimento de capacidades que ajudarão os alunos a enfrentar esses desafios, pode-se enriquecer a concepção do que é realmente importante para a aprendizagem. A oportunidade freqüente de examinar diversas formas de evidências e extrair conclusões fortalece a capacidade de raciocínio. O hábito de questionar a si mesmo e aos outros favorece o rigor do pensamento.
Que outra proposta seria mais importante do que o aluno aprender a usar o raciocínio para emitir juízos que lhe serão úteis por toda a vida?
Referências:

MOREIRA, Virgínia. De Carl Rogers a Merleau-Ponty: a pessoa mundana em psicoterapia. 1ª ed. Annablume editora. São Paulo, 2007.

ROGERS, Carl R..Sobre o poder pessoal. 4ª ed. Martins Fontes. São Paulo, 2001.

ROGERS, Carl R..Tornar-se pessoa. 4ª ed. Martins Fontes. São Paulo, 2001.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Passei para registrar a visita de Beatriz Sanz Vasquez (agora) querida Bia que com todo carisma se dispos a dialogar conosco a respeito das memórias dos professores como construção da identidade. Foi um espaço em que todos do grupo puderam associar suas pesquisas à necessidade de explorar as experiências que motivam nossas escolhas!
Fica aberto o espaço para que vocês manifestem as impressões!!!!!
Abraços 

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Espaços Plurais - Ë "nóis"na fita gente...

Bom demais estarmos juntos!
Integrados, neste novo espaço de aprendizagens, penso que vamos navegar muito mais.
Novas relações, novas possibilidades.
Mirna, Marta e Raul bom d+ estar com vocês!
Com o restante da galera, já era bom, agora é BLOGGER

Beijos mil
Roniria